Interações na educação online (e-learning)

Uma das atividades disponíveis na Jornada Virtual ABED de EAD – JOVAED será uma discussão no Moodle com Atsusi Hirumi (Design and Sequencing of E-learning Interactions).

O material é todo em inglês e resolvi fazer um pequeno resumo em português do texto:

HIRUMI, Atsusi. Analysing and designing e-learning interactions. In: JUWAH, Charles (Ed.). Interactions in online education: implications for theory and practice. New York, N.Y.: Routledge, 2006. p. 46-71.

Aqui vai…

            Hirumi (2006) apresenta uma diferente proposta (framework) para classificar as interações na educação online, apresentada na figura abaixo:

Framework e-learning Hirumi(2006)

            O framework proposto por Hirumi (2006) pressupõe três níveis interrelacionados de interações que devem ser planejadas como parte integrante do e-learning.

            As interações no nível 1 (Level I: Learner-self interactions) consistem em operações cognitivas que constituem os processos de aprendizagem internos do sujeito. O framework não adere qualquer teoria ou epistemologia de aprendizagem em particular. Assim, as operações específicas que ocorrem na mente do sujeito-aprendente dependem da crença epistemológica do sujeito que aplica este framework.

            As interações do nível 2 (Level II: Learner human and non-human interactions) ocorrem entre o sujeito-aprendente e outros recursos humanos e não-humanos. Este nível é composto por sete classes de interações:

            a) aluno-interface: a interface do usuário serve como ponto principal, mas não necessariamente o único meio de interação com os recursos humanos e não humanos. Deve ser projetada de forma a possibilitar e facilitar o acesso do estudante às diferentes ferramentas, ao acesso de conteúdos e à interação com os outros;

            b) aluno-professor: interações que ocorrem entre os alunos e o professor;

            c) aluno-aluno: interações que ocorrem entre os estudantes ou entre grupos de estudantes, com ou sem a presença do professor;

            d) aluno-outras interações humanas: Hirumi (2006) afirma que um número cada vez maior de cursos online solicita aos estudantes a comunicação com outros sujeitos de fora da classe formal, a fim de promover a construção do conhecimento e o discurso social. Na educação essas interações podem incluir trocas com outros professores ou ainda especialistas em diferentes áreas. Essas interações podem ser online ou face-a-face;

            e) aluno-conteúdo: ocorrem quando os estudantes acessam áudio, vídeo, texto ou representações gráficas da matéria/conteúdo em estudo;

            f) aluno-ferramenta: interações entre os estudantes e diferentes ferramentas componentes do ambiente virtual de aprendizagem ou fora dele, como e-mail, chat, fórum de discussão, ou ainda editores de texto e demais aplicativos;

            g) aluno-ambiente: estas interações ocorrem quando os estudantes visitam espaços ou trabalham em recursos fora do ambiente computacional, como, por exemplo, uma visita-técnica ou a utilização de um laboratório.

            As interações do nível 3 (Level III: Learner-instruction interactions) definem as estratégias de e-learning que orientam o design e a sequência de interações do nível 2.

            Para Hirumi (2006), tanto um número reduzido quanto um grande número de interações pode resultar em insatisfação para professor e alunos. Assim, um adequado planejamento das interações é imprescindível para uma proposta efetiva de e-learning. O autor sinaliza que a proposta de programas para a educação online requer a pesquisa e o desenvolvimento de novos métodos que utilizem as possibilidades e potencialidades das tecnologias de informação e comunicação tanto para o desenvolvimento de aprendizagem colaborativa quanto para o estudo independente.

 Para saber +… participe da discussão na JOVAED!

🙂